Metalização a frio
As camadas depositadas pelos processos de metalização a frio são assim chamadas porque a base raramente chega atingir temperaturas de 250°C durante a aplicação da camada, e não há tratamento térmico posterior a aplicação. Esses depósitos têm características próprias e diferentes dos produtos metalúrgicos comuns, devido à natureza do processo e da interação do material de aporte com os gases a elevadas temperaturas usados na sua projeção.
Os revestimentos metálicos apresentam porosidade e são mais duros que os materiais originais empregados. A estrutura das camadas é lamelar e tem variação dependendo do tipo de processo e equipamento de aspersão usado. A densidade do deposito depende da temperatura gerada pela fonte térmica e da velocidade das partículas projetadas.
A tendência tecnológica da metalização é utilizar velocidades cada vez mais elevadas e pós mais finos, visando depósitos uniformes e praticamente isentos de poros.
Os equipamentos que produzem estes efeitos são os chamados HVOF (High Velocity Oxygen Fuel), que operam com velocidades das partículas até duas vezes maiores que a do som. O aumento da velocidade de projeção aumenta a aderência ao substrato, uma das limitações dos processos a frio de baixa velocidade.
Vantagens da Metalização a frio
Os revestimentos superficiais são aplicados com objetivo de conferir ou restaurar propriedades especiais ao material de base como:
• Resistência ao desgaste
• Resistência a abrasão
• Proteção contra corrosão
• Proteção contra oxidação
• Isolação térmica ou Barreira térmica
• Isolação ou condução elétrica
• Restauração dimensional
O grande número de aplicações possíveis da metalização a frio é função da enorme variedade de materiais que podem ser utilizados no processo.